SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ - BA

Foto antiga da Praça Principal

Dados Geográficos

O município de São Sebastião do Passé,  situa-se a leste do Estado da Bahia, na zona do recôncavo, distante 58 km da capital, com a área de 585 km², limita-se ao sul com os municípios de São  Francisco do Conde e Candeias, ao norte, Catu e Pojuca, ao leste, Dias D’Ávila e Mata de São João, ao oeste, Terra Nova, Santo Amaro e Amélia Rodrigues.

Período Colonial

Quanto a economia, que por imposição dos colonizadores, se baseava na cultura da cana e produção dos seus derivados, enquanto a administração da propriedade e dos bens que nela se produzia competia ao proprietário, o Senhor de Engenho, auxiliado por homens livres desempenhando as funções de feitores e capatazes, para fiscalizar os trabalhos realizados pelos escravos.

Período Imperial

Em 1822, no inicio do século XIX, o Brasil separa-se de Portugal, tornando-se independente sob o regime de Monarquia Imperial, causando transformações radicais sob os aspectos político, social e econômico, em todo território.

Naquela época, a Bahia, com seus engenhos de açúcar no recôncavo, assim como a farinha de mandioca, o fumo, a aguardente e o gado no Sertão, era considerada como a capitania mais rica do Brasil Império. Porém por volta de 1870 inicia-se a crise açucareira, porque o recôncavo  com seus engenhos rudimentares, não conseguia acompanhar os avanços técnicos de outros centros. Além disso, surgiram grandes fazendas de café no Rio e em São Paulo, regiões que política e economicamente já se sobrepunham ao recôncavo baiano.

A situação agravante do setor econômico, o desmembramento dos latifúndios por força da hereditariedade e as mudanças no sentido político derrubaram um pouco as pompas e ostentações dos Senhores de Engenho, ou dos seus herdeiros.

Com a abolição da escravatura, a queda do Sistema Imperial e a decadência dos Engenhos, e também, por força da hereditariedade, as grandes propriedades rurais, monopólio da cultura da cana e a produção de açúcar foram desmembrados e transformados em propriedades menores. Além da cana de açúcar que prevalecia, diversificou-se a agricultura com produção do fumo, mandioca, milho, feijão e a criação de gado.

De acordo som o senso de 1950, naquela época 30,84% das pessoas em idade ativa ( a partir de 10 anos) ocupavam-se na área de agricultura, pecuária e silvicultura, sendo a agricultura a área fundamental  da economia, destacando-se o cultivo da cana para produção de açúcar, o cultivo da mandioca para produzir farinha. A pecuária se limitava a criação de animais para corte bovinos, para consumo da população.

Quanto a indústria o município contava com uma usina de açúcar (Cinco Rios), uma usina de laticínio para pasteurização de leite, fábricas de farinha de mandioca, algumas serrarias para beneficiar madeira, uma fábrica de aguardente e fabricação de carvão vegetal em grande quantidade.

Pouco mais de cinco anos após Edwin L. Drak haver aberto o primeiro poço de petróleo nos Estados Unidos, em 1859, o governo imperial brasileiro, pelo decreto n° 352 – A, de 30 de novembro de 1864, outorgava a primeira concessão para pesquisa de petróleo no Brasil a Thomas Dinny Sargent, cidadão inglês. Porém somente em 21 de janeiro de 1939 foi aberto o primeiro poço na Bahia, no Arraial de Lobato, ao qual se deu o número de 163.

No ano de 1958, instalo-se a PETROBRÁS no município de São Sebastião para exploração de suas jazidas. E o produto jorra pela primeira vez no dia 28 de dezembro, na fazenda de Taquipe, estendendo-se posteriormente a muitos outros poços nos diversos campos petrolíferos, chegando o município a se colocar em terceiro lugar na produção do Estado.

Sonda de prospecção da Petrobrás

Com a instalação da Petrobrás  e a exploração de petróleo no município, o aumento da população e conseqüentemente a extensão da área urbana, tornou-se imperativa a necessidade de mudanças radicais nas áreas de educação, saúde, saneamento, urbanização, etc. Na área de saúde foi elaborado um projeto para a construção do primeiro hospital de pequeno porte, o CESAL  ( Centro de Saúde Albino Leitão).

Apesar de toda essa revolução a Petrobrás foi a pioneira no crescimento urbano e populacional de São Sebastião.

O comércio não se desenvolveu muito, talvez por causa da proximidade de praças maiores como Salvador e Feira de Santana, atraindo a população. No entanto, vem se modernizando, adotando o estilo de centros comerciais, mercadinhos, bares e lanchonetes, integrados em todos os bairros e loteamentos.

Atualmente na área do desenvolvimento econômico, o município vem buscando algumas parecerias para implantação de algumas fábricas, como DECOR (Fábrica de Tintas), GREENVILLE (Fábrica de Grama Sintética) e ISOGAMA (Fábrica de Parafina).

Foto atual do Município com vista da cidade tirada da ponte da Br 110 nas proximidades do Pólo da UAB

Referências Bibliográficas:

OLIVEIRA, Jardilina de Santana - São Sebastião do Passé 278 anos de História - Bahia 1997

     Plano dop Direitor do Município de São Sebastião do Passé - Secretária de Desenvolvimento    Econômico